Terra da Paz: a arte da responsabilidade social. E a Educação para PAZ

Esse trabalho de responsabilidade social criado pelo atelier Odilon Cavalcanti & ORM, através do projeto: Oficinas Terra da PAZ, objetiva a educação para PAZ através da arte . Veremos textos de trabalhadores desta arte que se responsabiliza por milhares de pessoas melhorando sua qualidade de vida, acrescida do plus criativo da arte,exposições,foruns. Enfim, arte e responsabilidade social andando de mãos dadas. Participe conosco. Vamos fazer a PAZ com nossas mãos.

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Location: Mairiporã Serra da Cantareira, São Paulo, Brazil

Apoiada pelo Instituto Foco/Ecofotografias para o qual trabalho lanço este blog que tem como objetivo divulgar arte e cultura com qualidade e sobretudo autoralidade sensivel. Sou uma mulher de 60 anos, absolutamente apaixonada pela Natureza, pela Arte e pela fotografia, meu trabalho há 15 anos. Estou sempre começando e registrando. sempre. Vendo e fazendo. E esses milhares de afazeres passam, às vezes com um toque meu, às vezes sem ele mas sempre dando um Viva à TRANSFORMAÇÃO.Agora reverenciando-me perante a sensibilidade que encontro tanto das pessoas qto do Natural.

Monday, November 06, 2006

Terra da PAZ em tempo de Bienal. Informativo de 4/11/2006


Terra da Paz em tempo integral, neste sábado.

O dia começou cedo para o Terra da Paz neste sábado.
A convite do Projeto Meu Guri, na pessoa do Professor Luiz Pereira, juntamos um grupo para fruir arte contemporânea na Bienal de São Paulo.
O tema da Bienal, “Como viver juntos”, foi vivenciado desde os primeiros momentos da viagem à Sampa: o Meu Guri entrou com a condução, o Terra da Paz com o lanchinho oferecido pela Cia da Serra. Obrigadíssimo inclusive aos funcionários que o fizerem com muito carinho, como sempre!
O tema foi explicado pelo Prof. Luiz Pereira do Meu Guri- agora inaugurando uma parceria informal com o Terra da PAZ- logo na saída do ônibus com muita propriedade e participação de todos.
Já na Bienal fomos recebidos pela Monitoria que nos levou a um “tour”, com enfoque em 5 obras escolhidas, apropriadamente, por suas características conceituais e pelo forte foco social que encerram. Logo no início da visita paramos para apreciar um dos maiores destaques desta Bienal: a cidade de açúcar, uma réplica da maquete urbana do Recife, onde, o artista, incluiu edificações famosas de várias cidades do mundo, num dos projetos de residência desta Bienal, que trouxe um artista africano do Benin, Meschac Gaba (44) para o Recife. Seu trabalho, versa sobre as relações de poder e da geração de riqueza a partir da produção do açúcar de cana, riqueza construída pela força do trabalho escravo, remetendo às suas origens africanas e nos mostrando que muita da riqueza do mundo (representada pelos prédios de outras cidades), foi construída também pela força do trabalho escravo. Um "acorda moçada" logo de entrada. Um acordar poético. Um poema feito rapadura: é doce mas não é mole, brincou o pernambucano Odilon. Malouh também colocou a tendência cultural feudalista criada pelo período da cana de açucar, que ainda vigora em alguns torrões da cidade Pernambucana criando "quartos de viúva" culturais.
A segunda parada foi no Projeto “Eloísa Cartonera”, um Projeto de Responsabilidade Social Autosustentável com centralidade em arte e literatura de um grupo de artistas argentinos. Eles produzem livros à partir de papeis e papelões recolhido por catadores.
Com este material eles editam livros de vários escritores e poetas latino-americanos que cedem seus direitos ao Projeto. Estes livros estão à venda na Bienal. Fomos recebidos por uma das artistas, Carmona, que nos explicou detalhadamente a ação. Evidentemente feliz por estar falando a jovens e coordenadores de outros projetos de inclusão social pela arte. Talvez por isso, tenha se predisposto expontânea e generosamente a vir ao Terra da Paz, para um workshop com nossos jovensAlem de nos presentear com um exemplar de seus livros.
À essa proposta, juntou-se a do Odilon, para editar um livro, agora de arte, em conjunto.
A terceira fruição foi a da sala da obra “Morrinho” da Ong do mesmo nome, criada pela artista carioca Paula Trope, novamente uma maquete, só que desta vez pontuada por fotos: da maquete e dos jovens da comunidade da favela do Pereira, nas Laranjeiras, no Rio. Fotos feitas com a câmera mais primitiva possível: latinhas com um pequeno orifício onde a imagem é registrada em filme colorido pelos próprios jovens. Interessante: maquete não é uma obra morta. É um registro do real. A maquete muda a cada novo barraco, o carro que quebra, a nova “vendinha” que abre, etc. Um processo vivo da arte documentar a vida.
Quarta sala:obra do artista polonês Jarozlaw Kozkowki. São móveis de uma casa se espalham pelas paredes da sala, retirando dos objetos a sua função primária e com isso abrindo sua entealidade, abrindo sua capacidade de ser algo por si ,uma obra de arte, para a utilização pela arte. Conceitual, como queria Marcel Duchamps. A sala remete ao dadaísmo, relendo uma fórmula com conotações específicas: a arte vira o mundo de cabeça para baixo, para um lado, paro o outro. A arte mexe com a gente, percebem nossos jovens fruidores.
Na quinta e última sala o encontro com o trabalho do artista espanhol Antoni Miralda, uma instalação de diversos conjuntos de pratos no chão, cada qual referente a uma cidade por onde o artista passou e interagiu com pessoas que lhe apresentou o seu prato (pintado, escrito, collagem, etc.)com a expressão pessoal para sua visão de mundo a partir do sabor regional: os pratos típicos e visões pessoais de cada povo e cada lugar. Fechando a instalação um grade painel de fotos desses lugares de um lado e mapas da localização de cada sabor,(doce, azedo, acre, etc) em desenhos gráficos quase mapas da língua humana. Essa conotação sabores diversos, línguas diversas, se cruza na obra com as questões lingüísticas que permeiam as viagens do artista. É o outro, aqui novamente, que está privilegiado pela obra que faz do artista um curador ao selecionar as obras individuais (os pratos), um crítico, ao propor o critério e um filósofo que faz de suas viagens uma oportunidade de olhar para além de si mesmo e se ver nesse espelho.
“Saber e sabor, têm, em português a mesma origem etimológica, fechou Odilon Cavalcanti em sua fala final de agradecimento às Monitoras: Aline Miklos e Rosângela de Jesus, (ótimas, palmas pra elas, pediu o prof. Luiz) comentando que, ao trabalhar o desenvolvimento humano pela ampliação dos sentidos, o Terra da Paz que, coincidentemente, vive a questão da gustação, neste momento., complrtopu Malouh Gualberto.
Descendo para voltar, já sem monitoria, destaque, entre outras, para a obra do artista colombiano Alberto Baraya, que copiou, em diversas camadas de látex líquido, uma seringueira acreana e descascando-a, trouxe-a para a Bienal as São Paulo. Muitas outras obras da mostra ficaram para ser vistas em outro momento, o tempo era curto.

Foi assim, com gostinho de vontade de saber mais, que se encerrou a visita à Bienal. Ainda bem que a Cia da Serra, a mais completa de nossas padarias, tinha caprichado no lanche que comemos assim que entramos no ônibus para voltar e graças ao Sonda Supermercado tivemos os complementos . Saber mais dá uma fome...!
Valeu pessoal. Estas parcerias (Terra da PAZ/Meu Guri/ Cia da Serra e Sonda) foram ótimas , pretendemos continuar e aprimorar!

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