Terra da Paz: a arte da responsabilidade social. E a Educação para PAZ

Esse trabalho de responsabilidade social criado pelo atelier Odilon Cavalcanti & ORM, através do projeto: Oficinas Terra da PAZ, objetiva a educação para PAZ através da arte . Veremos textos de trabalhadores desta arte que se responsabiliza por milhares de pessoas melhorando sua qualidade de vida, acrescida do plus criativo da arte,exposições,foruns. Enfim, arte e responsabilidade social andando de mãos dadas. Participe conosco. Vamos fazer a PAZ com nossas mãos.

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Location: Mairiporã Serra da Cantareira, São Paulo, Brazil

Apoiada pelo Instituto Foco/Ecofotografias para o qual trabalho lanço este blog que tem como objetivo divulgar arte e cultura com qualidade e sobretudo autoralidade sensivel. Sou uma mulher de 60 anos, absolutamente apaixonada pela Natureza, pela Arte e pela fotografia, meu trabalho há 15 anos. Estou sempre começando e registrando. sempre. Vendo e fazendo. E esses milhares de afazeres passam, às vezes com um toque meu, às vezes sem ele mas sempre dando um Viva à TRANSFORMAÇÃO.Agora reverenciando-me perante a sensibilidade que encontro tanto das pessoas qto do Natural.

Sunday, November 19, 2006

30a. Aula Parabéns! Parabens! Parabéns!



Primeiramente, este texto quer homenagear Odilon Cavalcanti pela criação do Tudo Azul - o correio da boa notícia - e convidar a todos que procuram ler este informativo para solicitar o recebimento do exemplar por mail, basta postar seu e-mail (no terradapazorm@terra.com.br) e, semanalmente, você terá uma visão geral do que acontece na Terra da PAZ e outros assuntos de interesse solidário e comunitário.
Você também pode fazer sugestões de matérias, ou mesmo mandar textos ou fotos e desenhos para edição. Todos os leitores agradecem sua participação.

Bom , chegamos hoje à nossa 30a. Aula. Gente! Muita coisa aconteceu e está acontecendo. Como fractais (elementos que formam novos elementos, que formam outros,sem limites, assim são nossos acontecimentos, como previa Odilon, desde o inínio. Uma festa sempre.

Hoje, foi dia de festa para tia Malouh, ela vai se transformar na versão feminina de um cronista social, uma paródia do arcaico Ibraim Sued (colunista social do tempo do Amigo da Onça... bem antigo) ela será nossa Ibrainha Saída.

Mas, vamos lá, "panteras e panterinhas": hoje foi dia de festa total:versão anual comemorativa! O Terra da PAZ comemorou os aniversariantes do mês e do ano em sua primeira festa, que espera agora repetir-se uma vez ao mês.
Com o grande Apoio da "chiquetésimos " Casa de Pães Paris e ao Sonda Supermercados nosso parceiro nos lanches, tivemos uma festa só de alegria , depois de 500 parabéns com a presença da diretora Marli que nos ofereceu os refrigerantes, também homenageada e da nossas convidadas as queridíssimas professoras Elda Alves e Carmem. Juzinha foi uma hostesse digna dos melhores salões parisienses e do super hiper querido de todos, o premiado e primeiro homenageado da tarde o professor de artes do Meu Guri, já um terráqueo de PAZ( de coração, dele e do nosso),.Prof. LUIZ e do super querido mestre e nosso diretor, o artista plástico Odilon Cavalcanti.

Robson, da Escola da Família, também juntou-se aos convivas, fazendo fotos que gostaríamos de ver. Todos presenciamos o show da Ariane que presenteou o Terra da PAZ com uma casa maquete dos nosso sonhos de ter uma sede para o Projeto e ainda criou uma canção sertaneja que é uma aula de cerâmica. O Paulinho também não ficou de fora presenteou Tia Malouh com uma Caixa de Natal, que já escolheu uma função para ela: guardar nela os desejos para o Terra da PAZ 2007. Aline por sua vez já fez os cartazes da exposição. sentimos falta do Bruno e Aline (do Meu Guri) que se ausentaram por uma otima causa, estar com os pais

Até o Largo da PAZ ganhou canteiros refeitos. Parabéns aos que o fizeram. Está lindo.Quanto mais perto do Natal, mais a Paz fica imprescindível.
Descrever a alegria da nossa festa é algo difícil, pois nunca havíamos visto tanta harmonia feliz, uma confraternização a altura dos nosso queridos lunos*. Gente, desejamos que todos os que nos apoiaram neste e em outros eventos do Terra da PAZ sintam o que vimos neste sábado: PAZ , alegria, criatividade, fartura, festa. E sobretudo solidariedade e união.

Depois de festejar, tia Elda volta aos ensaios da equipe que dará aula na feira de artes no stand do Terra da PAZ na feira de Ciências da Escola Ozilde, onde a comunidade do Parque Petrópolis poderá se ver tudo o que aprendemos e podemos fazer.


Combinamos também a recepção para nossos novos amigos do Ser Cidadão, turma da Ong carioca, que receberemos na semana que vem, dia 25, no Meu Guri e Ozilde. Tivemos presentes ainda, agora vindo da Unesco, que continua como parceira da Escola da Família por mais um ano e que, provavelmente, mantenha nossa Ju e Robson por aqui. Além de uma esperança de que, em breve, a Escola ganhe mais acomodações para Biblioteca, sala de Informática e talvez até um atelier, se D. Marli lembrar do Terra da PAZ, quem sabe um anfiteatro para palestras. Gente parece Natal.!Acho que vamos eleger esta festa como nossa festa de Natal.

Alguns avisos para o sábado: estaremos em vista à Pinacoteca e ao Museu da Língua Portuguesa, na excelente companhia dos nosso amigos novos do Ser Cidadão e nossos velhos companheiros do Meu Guri. Estamos saidinhos, não é ? Mas merecemos, Estamos contentíssimos com nosso desempenho como Lunos do Terra da Paz. Fomos além dos desejos do tio Odilon tia Malouh, Tia Elda e tio Rodrigo criamos um espaço criativo e cultural onde reverenciamos a PAZ., mostramos a que viemos, parabéns para nós lunos.E gratos a todos os que nos apoiaram, sejam empresas ou pessoas físicas. Aqueles que acreditam e acreditaram em nós .Esta é a Terra da PAZ um lugar real, que para alguns parecia utopia, mas nós mostramos e continuaremos mostrando que é viável, se houver união. Ademam que eu vou em frente.
*Lunos, (Alunos sem a), neologismo criado por Odilon, lembrando que alunos em sua raiz etimológica que dizer: “sem luz”. Lunos se refere à abordagem ideológica e pedagógica de considerar todos lunos, já que aqui todos são chamados para dividir seu conhecimento e sua luz.

Sunday, November 12, 2006

Rever e analizar funções da Mostra dos Trabalhos do Terra da PAZ



Hora do retrospecto:
vero caminho que trilhamos
nos mostra o caminho a trilhar
.

A nossa querida Prof. Elda Alves deu show de competência, discernimento e foco mais uma vez ao fazer dessa tarde de sábado uma oportunidade de revermos todos os nossos fazeres, técnicas e trabalhos desenvolvidos durante todo o ano.
Esse percurso, evidenciado nessa aula, é o que vai orientar a preparação de todos os participantes do Terra da Paz para a Feira de Artes & Ciências que a Escola Estadual Ozilde A. Passarella promove na sexta feira, 24 de novembro, para mostrar aos seus alunos de todas as séries e de todos os períodos, seus pais e à toda a comunidade do Parque Petrópolis o que vem desenvolvendo em seus projetos e atividades curriculares ou extra curriculares. O Terra da Paz está, é lógico, convidado a mostrar também seu fazer. E a Prof. Elda é a responsável por essa apresentação, já que além de professora de matemática do Ozilde, é a responsável pela Oficina de Modelagem do Terra da Paz.
A idéia é que os jovens participantes do Terra da Paz sejam os demonstradores de todo o leque de técnicas, procedimentos, materiais, ferramentas de todo as Oficinas desenvolvidas durante o ano. Show.
Assim, cada um dos nossos jovens assumiu uma etapa deste processo que vai mostrar: ferramentas de modelagem e suas técnicas, técnicas de moldagem com barbutina (cerâmica líquida), queima do biscoito, mosaico e pintura sobre cerâmica a frio, à quente (com pintura com tinta de porcelana e com esmaltes e óxidos de baixa e alta temperatura).Enfim, uma aula de cerâmica, técnica, arte, cidadania e autodeterminação de nossos jovens que assumiram não só a apresentação como a produção desta apresentação. Destaque do dia: o lindíssimo mosaico criado por Ariane Jurente, atuante,como sempre e louvando as qualidades cosntrutivas e harmonizantes do mosaico, que extrapolando criatividade incluiu conchas e búzios do mar. Malouh Gualberto, propôs que os textos fossem estudados como nas técnicas de teatro, que a partir de agora são dadas aos participantes do Teatro Terra da PAZ pelo Prof Luiz Pereira do Meu Guri, parceria muito bem vinda e pro-ativa em todos os sentidos.Uma instalação para esta mostra também é proposta e Odilon Cavalcanti está estudando, afinal fazemos a PAZ com arte e queremos mostrar a que viemos.
Todos os amigos, parceiros e admiradores do Terra da Paz, estão convidados a vir prestigiar a Escola Ozilde e o Terra da Paz. O lanche, oferecido pelo Mercadinho Parque Petrópolis no fim da aula foi o momento ideal para confraternizar e planejar os detalhes da apresentação do dia 24 próximo e refletirmos sobre o caminhos a seguir.O ciclo da intuição está apenas se aproximando. E promete...

Monday, November 06, 2006




A visita à Bienal em pratos limpos.


À tarde, em continuidade à visita à 27ª Bienal, tivemos oficina de pintura com Odilon Cavalcanti. A proposta foi dar continuidade à última instalação visitada na parte da manhã. Mesmo sem ele, oferecemos a visão de nossos participantes da cultura local.
Interessantes verificar que todos os trabalhos tiveram sabor de paisagem; árvores, nuvens, casas, verdes. A paisagem, na imagética destes jovens, é muito marcante.
Quase não se encontra espaço para a cultura. Nada identifica a cultura aqui, mais que a paisagem. "A maior cultura aqui é a agricultura" como diz o Prof amigo. E e outros afirmam "yo no creo em su existencia pero que ela hay ela hay" está escondida em ateliers, em estúdios de som, em sítios, que não a fazem visível e audível, aos nosso jovens, estimulando-os ao fazer! E uma promessa de cultura ecológica que deve ser firmada e reafirmada. Já estamos em mudar o slogan do Terra da PAZ para Arte da PAZ .Essa, certamente, é uma vocação para a maior floresta urbana natural do planeta. Essa é leitura do Terra da Paz. A preservação é fundamental a para a Paz dessas matas. E dos 62% dos paulistanos que consomem a água vinda dela. Dá gosto ver estes pratos. O lanche da tarde foi oferecido pelos supermercados Sonda da Maria Amália.
Aproveitando novamente o assunto sabor e, então preparamos, dentro da fractalidade do nosso método, uma degustação do próximo tema: o sexto sentido com a pergunta, depois de lembrar cada um dos sentidos de percepção e o correspondente órgão no ser humano: “Qual é o órgão da intuição?” A respostas os terráqueos vão dar na próxima aula. Esperem.

Terra da PAZ em tempo de Bienal. Informativo de 4/11/2006


Terra da Paz em tempo integral, neste sábado.

O dia começou cedo para o Terra da Paz neste sábado.
A convite do Projeto Meu Guri, na pessoa do Professor Luiz Pereira, juntamos um grupo para fruir arte contemporânea na Bienal de São Paulo.
O tema da Bienal, “Como viver juntos”, foi vivenciado desde os primeiros momentos da viagem à Sampa: o Meu Guri entrou com a condução, o Terra da Paz com o lanchinho oferecido pela Cia da Serra. Obrigadíssimo inclusive aos funcionários que o fizerem com muito carinho, como sempre!
O tema foi explicado pelo Prof. Luiz Pereira do Meu Guri- agora inaugurando uma parceria informal com o Terra da PAZ- logo na saída do ônibus com muita propriedade e participação de todos.
Já na Bienal fomos recebidos pela Monitoria que nos levou a um “tour”, com enfoque em 5 obras escolhidas, apropriadamente, por suas características conceituais e pelo forte foco social que encerram. Logo no início da visita paramos para apreciar um dos maiores destaques desta Bienal: a cidade de açúcar, uma réplica da maquete urbana do Recife, onde, o artista, incluiu edificações famosas de várias cidades do mundo, num dos projetos de residência desta Bienal, que trouxe um artista africano do Benin, Meschac Gaba (44) para o Recife. Seu trabalho, versa sobre as relações de poder e da geração de riqueza a partir da produção do açúcar de cana, riqueza construída pela força do trabalho escravo, remetendo às suas origens africanas e nos mostrando que muita da riqueza do mundo (representada pelos prédios de outras cidades), foi construída também pela força do trabalho escravo. Um "acorda moçada" logo de entrada. Um acordar poético. Um poema feito rapadura: é doce mas não é mole, brincou o pernambucano Odilon. Malouh também colocou a tendência cultural feudalista criada pelo período da cana de açucar, que ainda vigora em alguns torrões da cidade Pernambucana criando "quartos de viúva" culturais.
A segunda parada foi no Projeto “Eloísa Cartonera”, um Projeto de Responsabilidade Social Autosustentável com centralidade em arte e literatura de um grupo de artistas argentinos. Eles produzem livros à partir de papeis e papelões recolhido por catadores.
Com este material eles editam livros de vários escritores e poetas latino-americanos que cedem seus direitos ao Projeto. Estes livros estão à venda na Bienal. Fomos recebidos por uma das artistas, Carmona, que nos explicou detalhadamente a ação. Evidentemente feliz por estar falando a jovens e coordenadores de outros projetos de inclusão social pela arte. Talvez por isso, tenha se predisposto expontânea e generosamente a vir ao Terra da Paz, para um workshop com nossos jovensAlem de nos presentear com um exemplar de seus livros.
À essa proposta, juntou-se a do Odilon, para editar um livro, agora de arte, em conjunto.
A terceira fruição foi a da sala da obra “Morrinho” da Ong do mesmo nome, criada pela artista carioca Paula Trope, novamente uma maquete, só que desta vez pontuada por fotos: da maquete e dos jovens da comunidade da favela do Pereira, nas Laranjeiras, no Rio. Fotos feitas com a câmera mais primitiva possível: latinhas com um pequeno orifício onde a imagem é registrada em filme colorido pelos próprios jovens. Interessante: maquete não é uma obra morta. É um registro do real. A maquete muda a cada novo barraco, o carro que quebra, a nova “vendinha” que abre, etc. Um processo vivo da arte documentar a vida.
Quarta sala:obra do artista polonês Jarozlaw Kozkowki. São móveis de uma casa se espalham pelas paredes da sala, retirando dos objetos a sua função primária e com isso abrindo sua entealidade, abrindo sua capacidade de ser algo por si ,uma obra de arte, para a utilização pela arte. Conceitual, como queria Marcel Duchamps. A sala remete ao dadaísmo, relendo uma fórmula com conotações específicas: a arte vira o mundo de cabeça para baixo, para um lado, paro o outro. A arte mexe com a gente, percebem nossos jovens fruidores.
Na quinta e última sala o encontro com o trabalho do artista espanhol Antoni Miralda, uma instalação de diversos conjuntos de pratos no chão, cada qual referente a uma cidade por onde o artista passou e interagiu com pessoas que lhe apresentou o seu prato (pintado, escrito, collagem, etc.)com a expressão pessoal para sua visão de mundo a partir do sabor regional: os pratos típicos e visões pessoais de cada povo e cada lugar. Fechando a instalação um grade painel de fotos desses lugares de um lado e mapas da localização de cada sabor,(doce, azedo, acre, etc) em desenhos gráficos quase mapas da língua humana. Essa conotação sabores diversos, línguas diversas, se cruza na obra com as questões lingüísticas que permeiam as viagens do artista. É o outro, aqui novamente, que está privilegiado pela obra que faz do artista um curador ao selecionar as obras individuais (os pratos), um crítico, ao propor o critério e um filósofo que faz de suas viagens uma oportunidade de olhar para além de si mesmo e se ver nesse espelho.
“Saber e sabor, têm, em português a mesma origem etimológica, fechou Odilon Cavalcanti em sua fala final de agradecimento às Monitoras: Aline Miklos e Rosângela de Jesus, (ótimas, palmas pra elas, pediu o prof. Luiz) comentando que, ao trabalhar o desenvolvimento humano pela ampliação dos sentidos, o Terra da Paz que, coincidentemente, vive a questão da gustação, neste momento., complrtopu Malouh Gualberto.
Descendo para voltar, já sem monitoria, destaque, entre outras, para a obra do artista colombiano Alberto Baraya, que copiou, em diversas camadas de látex líquido, uma seringueira acreana e descascando-a, trouxe-a para a Bienal as São Paulo. Muitas outras obras da mostra ficaram para ser vistas em outro momento, o tempo era curto.

Foi assim, com gostinho de vontade de saber mais, que se encerrou a visita à Bienal. Ainda bem que a Cia da Serra, a mais completa de nossas padarias, tinha caprichado no lanche que comemos assim que entramos no ônibus para voltar e graças ao Sonda Supermercado tivemos os complementos . Saber mais dá uma fome...!
Valeu pessoal. Estas parcerias (Terra da PAZ/Meu Guri/ Cia da Serra e Sonda) foram ótimas , pretendemos continuar e aprimorar!