Terra da Paz: a arte da responsabilidade social. E a Educação para PAZ

Esse trabalho de responsabilidade social criado pelo atelier Odilon Cavalcanti & ORM, através do projeto: Oficinas Terra da PAZ, objetiva a educação para PAZ através da arte . Veremos textos de trabalhadores desta arte que se responsabiliza por milhares de pessoas melhorando sua qualidade de vida, acrescida do plus criativo da arte,exposições,foruns. Enfim, arte e responsabilidade social andando de mãos dadas. Participe conosco. Vamos fazer a PAZ com nossas mãos.

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Location: Mairiporã Serra da Cantareira, São Paulo, Brazil

Apoiada pelo Instituto Foco/Ecofotografias para o qual trabalho lanço este blog que tem como objetivo divulgar arte e cultura com qualidade e sobretudo autoralidade sensivel. Sou uma mulher de 60 anos, absolutamente apaixonada pela Natureza, pela Arte e pela fotografia, meu trabalho há 15 anos. Estou sempre começando e registrando. sempre. Vendo e fazendo. E esses milhares de afazeres passam, às vezes com um toque meu, às vezes sem ele mas sempre dando um Viva à TRANSFORMAÇÃO.Agora reverenciando-me perante a sensibilidade que encontro tanto das pessoas qto do Natural.

Wednesday, December 28, 2005

Sobre a esperança

De Václav Havel (em1986)
Atual presidente da Tchecoslováquia
Tradução: Karin Glass

Antes de mais nada, capto a esperança, sobre a qual penso com bastante freqüência, básica e principalmente, como um estado de espírito, não como um estado de mundo. Ou temos esperança dentro de nós ou não a temos; ela é uma dimensão de nossa alma e, em sua essência não depende nem de observarmos o mundo, nem de avaliarmos situações. A esperança não é um prognóstico, é uma orientação do espírito, orientação do coração que transcende o mundo vivido diretamente e está ancorada em algum lugar longínquo, além dos seus limites. Ela não parece ser explicável simplesmente como um mero derivativo de algo daqui, de quaisquer movimentos do mundo ou seus sinais vantajosos.
Portanto, sinto suas profundas raízes em algum lugar transcendental. A medida da esperança neste sentido forte e profundo, não é a medida da nossa alegria quanto ao bom andamento das coisas e da nossa vontade de investir em empreendimentos que visivelmente levem a um sucesso próximo; é antes, a medida da nossa capacidade de nos empenhar em algo por ser bom e não só por ter um sucesso garantido. Quanto mais desvantajosa for a situação na qual perseveramos com nossa esperança, tanto mais profunda ela será.
Esperança não é otimismo, não é a convicção de que algo terá um final feliz, mas a certeza de que algo tem sentido, sem considerarmos como terminará.
Penso, portanto, que é de “outro lugar” que captamos a mais profunda e importante esperança, a única que – apesar de tudo – é capaz de nos manter na superfície, de nos instar a boas ações e que é a única fonte de grandeza do espírito humano de seus esforços.
E também é, sobretudo, essa esperança que nos dá força de viver e experimentá-la sempre de novo, mesmo que as circunstâncias exteriores sejam tão desesperançosas como, por exemplo, as nossas

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